Diria que é bastante injusto fazer esta generalização: assumir que uma empresa familiar não é profissionalizada. Afinal, profissional é um indivíduo com elevados padrões internos de desempenho e ética que age no melhor interesse de sua empresa e de outras partes interessadas (como clientes e proprietários) e não é indevidamente influenciado por suas próprias necessidades ou objetivos pessoais.

A partir dessa definição, minha primeira afirmação é que nunca encontrei profissionais mais abnegados do que membros de família empresária. Em sua maioria, são trabalhadores que renunciam às suas próprias vontades em função de uma empresa e sua perpetuidade, principalmente na primeira geração. O desejo de construir algo que seja um legado familiar faz com que, muitas vezes, renunciem à própria vida, ao seu tempo e a outros interesses. Cansei de ouvir em debates de acionistas que os interesses dos negócios devem ser considerados prioritários frente aos interesses pessoais.

Também sei que a famosa frase: “pai rico, filho nobre e neto pobre” é uma dura realidade. É muito difícil transmitir às próximas gerações a mesma gana, esse apetite pela construção de algo que já chegou em grandes padrões de resultados.

Uma forma que as famílias encontram para manter o seu padrão de profissionalismo é criando programas sérios e bem desenhados de formação para as novas gerações, além de definir regras de acesso aos negócios para novos entrantes com critérios claros e, normalmente, desafiadores.

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