Trabalhando com famílias empresárias há tantos anos, tive a oportunidade de acompanhar o início da construção de uma governança; conhecer famílias com mais de 100 anos e que ainda controlam seus negócios e muitas configurações de governança. Nos eventos de Family Business, sempre achei relevante entender quais foram os desafios dos grandes empresários para a construção de seus impérios.

Vou chamar tais desafios de enganos mais para deixar claro que podem e devem ser corrigidos. Nesta coluna, trago dois enganos significativos; na próxima edição, exploro como atuar com eles.

O primeiro engano é considerar que o tempo dos negócios é o mesmo do da família empresária. O negócio tem um ritmo e um senso de urgência. Se é um varejo, não fechar uma negociação pode deixar uma loja sem produtos. Se é uma indústria, o atraso de uma decisão da compra de matéria-prima pode gerar falhas na produção e rupturas de estoque.

Para uma família, não tomar a decisão, 99% das vezes não têm nenhum impacto imediato. Decidir quem pode trabalhar nos negócios ou como distribuir os cargos e responsabilidades na governança são debates que levam sempre em consideração o impacto de longo prazo. Por exemplo: se eu assumir essa premissa hoje, quando temos apenas três herdeiros, como será aplicável quando tivermos a próxima geração com 8, 12, 20 membros?

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