Criar um processo de governança pode levar muito tempo e definir um caminho de formação para a próxima geração. Demanda muita energia e dedicação. Existe um recurso disponível em quase todas as famílias empresárias, e que pode ser muito bem aproveitado: mentores familiares.

Primeiro, é necessário entender o que seria uma mentoria, pois, hoje, existem muitos conceitos espalhados no mercado.

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O conceito que quero propor aqui é que mentoria é a transferência de um conhecimento, adquirido pela experiência vivida em uma determinada área, e que pode acontecer como influência, orientação ou até mesmo direcionado pela figura de um mentor.

Partindo deste conceito, o mentor seria uma pessoa com mais experiência e mais idade, que tem conhecimento e preparo para orientar pessoas menos experientes e, normalmente, mais jovens.

Muitas vezes, esse é um vínculo que pode acontecer de forma natural: um jovem buscar conselhos e orientações com membros da família empresária, que atuam no negócio familiar ou já atuaram em posições de direção.

Minha sugestão é aumentar as possibilidades de troca entre membros da família de maneira estruturada, e um pouco mais formal, afinal, vamos assumir que nem todos os jovens da família tenham o mesmo acesso aos seniores, ou tenham abertura e confiança para expor suas dúvidas e vulnerabilidades. É possível, por exemplo, aproveitar uma reunião de família para estabelecer uma conversa com a pauta mentoria.

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